Vou confessar uma coisa: o Homem-Aranha sempre foi um dos meus personagens favoritos. Quando migrei dos quadrinhos da Turma da Mônica (sim, li minha infância inteira) pros quadrinhos de heróis, eu comecei com os heróis da Marvel: X-Men e Homem-Aranha.

X-Men eu curtia mas até entender toda aquela novela de quem é quem, levou um tempo. Mas Homem-Aranha sempre foi massa. E continuei por muito tempo gostando até que um dia…. fizeram a Saga do Clone. Meu amigo e minha amiga, nem me perguntem o que é isso. Se você é um jovem milenial, continue tocando o barco e nem queira saber o que foi essa saga. Paciência, né? Tudo tem um começo, meio e fim. Depois disso fui largando os quadrinhos de heróis e raramente leio algo desses universos.

Passada essa introdução saudosista, vamos ao que interessa: a animação Homem-Aranha no Aranhaverso é fodástica! Ponto final.

Se você ainda não viu, pare tudo e vá assistir. Se você tá meio cansadão de filmes de heróis, esqueça: esse filme é uma obra-prima visual e de entretenimento. É como se você estivesse assistindo um daqueles motion graphics bonitões de alguma abertura de série ou propagando, mas durante quase duas horas. Sério.

Daniel Caylor, um dos animadores do filme, disse em sua matéria no OnAnimation:

“Homem-Aranha: No Aranhaverso é o filme mais visualmente inovador do ano. Os artistas e técnicos deste projeto foram especificamente encarregados de ultrapassar as barreiras e estabelecer novas barras para o que é possível em recursos animados, e seu trabalho merece ser comemorado.”

Realmente, não tem como discordar dele. O nível técnico é altíssimo, produzindo uma mistura entre animação 2d, animação 3d, motion, texturas, retículas, música, storytelling em uma experiência gráfica e de entretenimento completa onde a cada sequência você fica mudo, só admirando o que está acontecendo.

Na parte de Concept Art, só de ter nomes como Alberto Mielgo, Robh Ruppel, Vaughan Ling, Peter Chan, entre outros artistas talentosíssimos, já é um show de experiência visual à parte:

Alberto Mielgo
Robh Ruppel
Peter Chan
Vaughan Ling

Sobre a história em si, na minha singela opinião, agrada tanto aos fãs mais antigos (eu curti bastante) e aos mais novos também (meus filhos curtiram bastante também).

Bom, se isso tudo aqui não empolgou você de ir assistir ao filme AGORA, eu diria pra você ir ver algo mais leve… talvez um Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive) do David Lynch. Mas leve uma aspirina e um copo d’água porque vai sair com aquela leve dor de cabeça tentando entender o que diabos acontece naquele filme…. Enfim, fica pra outro momento essa discussão.

Agora, se você se animou, clique no link abaixo e veja o post completo do animador David Caylor onde ele fez uma espécie de ‘art dump’ e colocou dezenas de artes dos artistas envolvidos na produção. E segundo ele, conforme mais artistas forem liberando imagens, ele vai inserir nesse post.

É só magia, ou melhor, arte TOP: https://onanimation.com/2019/01/13/the-art-and-making-of-spider-man-into-the-spider-verse/

Fico por aqui, seu amigo da vizanhança, Ricardo Riamonde! (contanto que você não faça barulho após as 10, senão não sou um vizinho tão legal assim). 😉